Estudando Espiritismo

Parte I – Consequências do Aborto

aborto

Toda ação do ser humano fica registrada em sua consciência. Mesmo que não se atenha a este fato e às conseqüências de suas atitudes, elas ficam gravadas e influenciarão no mecanismo da vida.

À medida que vai se adquirindo maior conhecimento, maior desenvolvimento intelectual e moral, aquela informação pretérita registrada começa a exercer, mesmo que inconscientemente, uma pressão sobre o indivíduo gerando distúrbios e requisitando correção. É o mecanismo perfeito do Pai embutido em todo ser que o norteará à perfeição relativa.

No momento oportuno, quando o indivíduo se encontra preparado para ressarcir seus débitos passados, aqueles registros passam a atuar mais fortemente, impelindo o indivíduo a reagir, a reencontrar-se com seus erros, corrigi-los, acertar as contas com a vida e seguir o seu caminho evolutivo.

No caso do aborto, que estamos estudando, aquela ideia do ato inconsequente vai tomando forma cada vez mais intensa, vai canalizando e sendo absorvida pelo organismo físico, gerando distúrbios físicos e mentais.

Principais distúrbios físicos:

  • Problemas genitais;
  • Dificuldades para engravidar;
  • Esterilidade.

Principais distúrbios mentais:

  • Síndrome do pânico;
  • Depressão;
  • Ansiedade.

Como se processa esse mecanismo “auto-punitivo” ou “auto-corretivo”?

Para melhor elucidação, transcreveremos abaixo um trecho do artigo publicado no site do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas (http://www.ippb.org.br), que discorre perfeitamente este assunto:

As complicações clínicas advindas dos abortos provocados na esfera ginecológica são inúmeras e podem, inclusive, determinar o êxito letal da mulher.

No campo psicológico, são comuns os processos depressivos subseqüentes que acometem as mulheres que se submeteram à eliminação da gestação indesejada. A sensação de vazio interior, mesclada com um sentimento de culpa consciente e inconsciente, freqüentemente, determina uma acentuada baixa de vibração na psicosfera feminina.

Paralelamente, a ação do magnetismo mental do espírito expulso passará gradativamente a exacerbar a situação depressiva materna.

Como já estudamos, em muitos casos, aquele que reencarnaria como seu rebento estava sendo encaminhado para um processo de reconciliação afetiva. O véu do esquecimento do passado é que possibilitaria a reaproximação de ambos sob o mesmo teto. Com o aborto provocado, à medida que o espírito recobra a consciência, passa, nesses casos, a emitir vibrações que, pelo desagrado profundo, agirão de forma nociva na psicosfera materna. Em que pese o esforço protetor exercido pelos mentores amigos, em muitas circunstâncias se estabelece o vínculo simbiótico, mergulhando a mãe nos tristes escaninhos da psicopatologia.

Ao desencarnar, de volta ao plano espiritual, a mãe apresentará em diversos níveis, conforme o seu grau de responsabilidade, distonias energéticas que se farão representar por massas fluídicas escuras que comporão a estrutura de seu psicossoma (perispírito). Apesar de serem atendidas com os recursos e as técnicas terapêuticas existentes no mundo astral, a chaga energética, em muitos casos, se mantém, em função da gravidade e agravantes existentes.

As lesões na textura íntima do psicossoma a que nos referimos, muitas vezes, só podem ser eliminadas numa próxima encarnação de características expiatórias.

Expiação, longe de ter uma conotação punitiva, pois esse critério não existe na planificação superior, é um método de eliminação das desarmonias mais profundas para a periferia do novo corpo físico. A expiação sempre tem função regeneradora e construtiva e visa restaurar o equilíbrio energético perdido por posturas desequilibradas do passado.

As deficiências que surgirão no corpo físico feminino, pelo mecanismo expiatório, visam, em última análise, suprimir o mal, drená-lo para a periferia física. Segundo os textos evangélicos: “A cada um de acordo com as próprias obras”.

Os desajustes ocorrem inicialmente nas energias psicossomáticas do chacra genésico, implantando-se nos tecidos da própria alma as sementes que germinarão no seu novo corpo físico, em encarnação vindoura, como colheita de semeadura anterior.

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Como citado no texto acima, além dos problemas físicos e mentais que são gerados em conseqüência de atos desajustados, existe a possibilidade de se iniciar um processo obsessivo, aonde o indivíduo que viria a renascer se revolta com a rejeição e com o crime praticado e busca vingar-se, imantando-se à mãe ou influenciando-a ativamente, gerando graves problemas psicológicos.

O objetivo do nosso estudo é sintetizar o conteúdo abordado e não esmiuçá-lo em seus mínimos detalhes. O caráter conclusivo do texto tende a salientar e tecer afirmações sobre o tema abordado. Para maiores esclarecimentos, a literatura espírita é farta de informações sobre cada um destes itens citados.

A Lei que nos rege nos concede o livre arbítrio para tomarmos as decisões que acharmos melhores. Muitas vezes, pela nossa ignorância, nos equivocamos e agimos contrariamente à Lei de Amor que nos rege. Inicia-se então um processo de auto-correção natural, que nos impulsiona à ações corretivas como mecanismo de reajuste das falhas cometidas.

A Lei do Pai é de misericórdia e ela estará sempre à nossa disposição para nos corrigirmos e reajustarmos. No próximo artigo abordaremos os mecanismos para o reequilíbrio de pessoas que cometeram o aborto.

 

Centro Espírita Vinhas do Senhor

Pouso Alegre/ MG, 24/09/2014.

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