Orson Peter Carrara

Médium faz revelações sobre o passado e o futuro?

Advinhação

Prudência e bom senso são requisitos essenciais na questão

Orson Peter Carrara

Selecionamos orientações de O Livro dos Médiuns para responder à grave questão que intitula a presente abordagem. Perguntas sobre o passado e o futuro ou mesmo revelações trazidas sem nenhuma prudência são comuns especialmente entre novatos na prática espírita e também com médiuns que não estudam e esquecem os deveres da prática mediúnica.

Nada melhor, pois, que buscar a orientação segura da Codificação Espírita. O capítulo XXVI de O Livro dos Médiuns, com o significativo título Perguntas que se podem dirigir aos espíritos, é pródigo, repleto de orientações que não devem ser esquecidas. Selecionamos alguns trechos (com adaptações e transcrições parciais) e sugerimos aos que querem conhecer a prática espírita que estudem o citado capítulo.

Perguntas simpáticas ou antipáticas aos espíritos (item 288)

  1. Os Espíritos sérios respondem sempre com prazer às perguntas que têm por objetivo o bem os meios de vos fazer avançar. Não atendem às questões fúteis;
  2. As perguntas que são feitas com objetivo de curiosidade e de prova são antipáticas aos espíritos que, então, não as respondem e se afastam;
  3. Os espíritos imperfeitos procuram enganar, respondem tudo, sem se importarem com a verdade;
  4. As pessoas que vêem nas comunicações espíritas uma distração e um passatempo, ou um meio de obter revelações sobre o que lhes interessa, agradam muito aos espíritos inferiores que, como elas, querem se divertir, e ficam contentes quando são mistificadas;
  5. Os espíritos inferiores são incapazes de compreenderem certas perguntas, o que não lhes impede de vos responder bem ou mal, como ocorre entre vós;

Questões sobre o futuro (item 289)

  1. A manifestação dos espíritos não é um meio de adivinhação. Se queres absolutamente uma resposta, ela vos será dada por um espírito travesso;
  2. Todas as previsões que não têm um objetivo útil geral deve-se desconfiar delas. As previsões pessoais, quase sempre, podem ser consideradas apócrifas (falsas);
  3. Os espíritos levianos não têm nenhum escrúpulo em vos enganar (…) toda previsão circunstanciada deve vos ser suspeita;

Questões sobre existências passadas (item 290 – perg. 15)

  1. Em geral, deveis considerar como falsas, ou pelo menos suspeitas, todas as revelações dessa natureza (sobre o passado) que não têm um eminentemente sério e útil.

Valiosas orientações (capítulo XXXI)

  1. Repeli impiedosamente todos esses Espíritos que se apresentam como conselheiros exclusivos, pregando a divisão e o isolamento (…). São quase sempre espíritos vaidosos e medíocres, que procuram se impor aos homens (…);
  2. Todas as vezes que um Espírito indique, como remédio para os males da humanidade, ou como meio para atingir a sua transformação, coisas utópicas e impraticáveis, medidas pueris e ridículas (…) esse não pode ser senão um espírito ignorante e mentiroso;

 

Sobre os médiuns (capítulo XVI – segunda parte, item 196)

  1. Orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que recebem;
  2. Suscetíveis: melindram-se com as críticas das quais suas comunicações podem ser objeto;
  3. Ambiciosos: os que, sem pôr a preço sua faculdade, esperam dela tirar quaisquer vantagens;
  4. De má-fé: os que simulam as faculdades que não têm para se darem importância;

Objetivo aqui foi estimular o estudo na fonte segura da Codificação para evitar-se aborrecimentos, decepções, fraudes. Considere-se, por outro lado, a seriedade do fenômeno mediúnico – inclusive nas questões que podem ser dirigidas aos espíritos e nas orientações deles recebidas pelos médiuns sérios e comprometidos com a genuína prática espírita –, que produz frutos saudáveis de esclarecimento, conhecimento, conforto e socorro a quem busca e a quem deseja ser útil. Por isso é de muita utilidade buscar-se constantemente os capítulos de O Livro dos Médiuns (sugerimos consulta ao índice para perceber-se a grandeza do conteúdo), para agir com segurança e discernir sobre o que é correto ou o que se apresenta sob suspeita, nas informações recebidas ou trazidas pela mediunidade. Por isso sugerimos ampla consulta aos capítulos específicos da obra cujos títulos despertarão de imediato a atenção do leitor.

 

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